Os principais motivos para as crianças começarem a fazer aulas de natação são: segurança para não se afogar, problemas respiratórios e desenvolvimento motor. Considerado um esporte de alto poder aquisitivo, a natação acaba sendo um meio inviável para famílias de baixa renda. Mas no Instituto Projeto Neymar Jr. essa realidade está mudando vidas e com isso consegue proporcionar com a natação todos esses fatores citados, além de saúde e lazer para 2.470 crianças.
Segundo Joel Moraes, que é ex-atleta da modalidade e atual Coordenador Geral do INJR, a natação é um dos principais esportes que uma criança deve praticar. Através da metodologia de ensino e pela novidade entre os alunos, o Instituto os conquistou com este esporte aquático.
“Muitas dessas crianças nunca tiveram a oportunidade de estar numa piscina, de experimentar uma atividade aquática formal e metodológica. Muitos nunca entraram e nem viram uma piscina e tendo a natação aqui eles passaram a gostar muito. Esse deslumbramento que elas têm com a água é pelo fato deles não terem tido esse contato antes de existir o Instituto”, conta.
No Instituto, todas as crianças passam pela aula de natação e sua inserção no esporte é de maneira gradual. Assim como Joel disse que o principal motivo para as crianças fazerem natação é a segurança de não correrem o risco de afogamento. Para tanto, quem explica os passos de cada etapa feita pelos alunos é o professor de natação do INJR, Andrey de Santana Reis.
“Primeiro fazemos a adaptação ao meio aquático com exercícios para eles colocarem as mãos, pernas e o rosto na água para ir perdendo o medo. Após esse primeiro contato eles entram na piscina para fazer o que chamamos de bolhões (bolhas de ar causadas pela respiração submersa) puxando o ar pela boca e soltando pelo nariz embaixo da água. O último processo antes de aprenderem os nados tem os exercícios de movimentação das mãos e pernas como o canguru e cavalinho, com os espaguetes, e por fim o método de boiar”.
Andrey ainda ressalta que até a fase de boiar a criança passa por uma adaptação que a faz perder o medo e assim conseguir raciocinar o que deve fazer em algum caso em que ela passe por perigo na piscina. Por fim ele diz que mesmo com todas essas informações e práticas, a melhor maneira de praticar o esporte com segurança é na presença de adultos e que saibam nadar.
“A vivência do dia a dia vai ajudar e às vezes eles estão em alguma piscina e se caírem por acidente já vão conseguir se virar e nadar até a borda para evitar qualquer afogamento”.